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A alma da Chapada: Se o café fala tanto com a gente, é porque a terra fala com ele primeiro.


Visão aérea da fazenda Latitude 13 na Chapada Diamantina, mostrando o cultivo de café especial em meio às montanhas e vegetação nativa da Bahia.

O terroir da Chapada Diamantina não é só geografia. É identidade.

Cada região produtora de café no mundo tem sua marca, seu sotaque, seu tempero.

 

Mas a Chapada... ah, a Chapada fala mais alto. Porque aqui, a natureza conspira a favor. Altitude elevada, clima ameno, noites frias e dias luminosos criam o cenário perfeito para grãos que amadurecem devagar, com mais açúcar, mais corpo, mais alma.

 

É como se o café respirasse fundo antes de chegar à sua xícara. E essa respiração traz notas únicas: frutadas, florais, achocolatadas. Uma suavidade encorpada, se é que isso existe. Um equilíbrio que não se explica, se sente. Café da Chapada é assim: contraditório, completo, encantador.

 

Mas terroir não é só altitude e temperatura. Terroir é chão, é gente, é jeito. E o jeito da Chapada é cuidadoso, quase artesanal. Aqui, a colheita é manual. Os grãos são selecionados com calma, como quem escolhe a dedo o que vai virar memória depois. O tempo tem outro ritmo. A pressa não tem vez.

 

Por trás desse café está um território inteiro. E por trás desse território, estão produtores que conhecem cada curva do terreno, cada mudança no céu, cada segredo do solo. É gente que aprendeu a ouvir a terra e respeitar seus silêncios. Que entende que café não é só lavoura, é legado.

 

A Chapada também tem história. Já foi terra de diamantes. Hoje, é terra de cafés preciosos. Em vez de garimpo, cultivo. Em vez de corrida pelo brilho, uma jornada de sabor. O que antes era pedra bruta, agora é grão refinado.

 

E é justamente essa transição, do minério ao alimento, do brilho ao aroma, que faz do terroir da Chapada algo tão simbólico. Um lugar que já extraiu tesouros do solo e hoje entrega tesouros na xícara.

 

Mas o que realmente nos diferencia está cravado no nome: a Latitude 13. É essa linha imaginária, que corta o coração da Bahia e passa pela Chapada Diamantina, que ajuda a moldar o nosso terroir.

 

Uma posição geográfica rara, onde clima tropical e altitude se combinam de forma única, criando as condições ideais para um café especial, com origem, identidade e personalidade.

 

Existem cafés de altitude em muitos lugares, mas só um nasce nesse pedaço do mundo. Aqui, o trópico e a montanha se encontram, e o resultado é um terroir que não pode ser copiado — só vivido, colhido e sentido na xícara. Um café diferenciado que nasce com sotaque baiano e alma da Chapada.

 

Latitude 13 é fruto desse cenário. Cada café que leva nosso nome carrega esse DNA: doçura sem exagero, acidez na medida, equilíbrio que agrada e surpreende.

 

E se terroir é a combinação do lugar, da planta e da mão humana, a Chapada Diamantina é a soma perfeita dos três.

 

No próximo post, a gente desce um pouco mais, e vai da altitude ao detalhe. É hora de falar da colheita, da torra, da escolha. Porque por trás de um bom terroir, existe um processo ainda melhor.

 


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