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O primeiro gole: uma história que começa com uma cabra hiperativa

Atualizado: há 2 dias



Xícara de café da Latitude 13 com bebida recém-preparada, soltando vapor, sobre uma mesa rústica — representando a qualidade e o sabor dos cafés especiais produzidos em altitude

Se você acha que o café faz milagres na sua segunda-feira, imagine o que ele fez há séculos, quando foi descoberto por acaso. A lenda mais famosa conta que um pastor etíope chamado Kaldi notou que suas cabras ficavam animadas demais depois de mastigar uns frutinhos vermelhos. Curioso, ele provou também e, bum! Energia pura. Assim, nascia a história do café.

 

Da Etiópia, o grão cruzou mares e desertos, conquistando corações (e paladares) pelo mundo. Os árabes foram os primeiros a cultivar e transformar o café em um ritual, com cafés movimentados surgindo nas cidades como verdadeiros centros de cultura e debate – onde as pessoas se reuniam para conversar, negociar e, claro, filosofar – basicamente, os primeiros coworkings da história, só que com muito mais personalidade.

 

Antes de conquistar os salões elegantes da Europa, o café já era o queridinho das ruas movimentadas do Oriente Médio. Lá, ele não era apenas uma bebida, mas um convite à conversa, um motivo para reunir amigos e vizinhos. As cafeterias fervilhavam de ideias, debates e risadas, tornando-se verdadeiros centros de convivência. Era como se cada xícara servida fosse um pretexto para compartilhar histórias e fortalecer laços.

 

Quando a bebida chegou à Europa, virou febre. Em Veneza, os cafés eram ponto de encontro de intelectuais. Na França, Voltaire bebia até 50 xícaras por dia (talvez seja por isso que ele escrevia tanto, mas não recomendamos tentar isso em casa). Na Inglaterra, os cafés eram chamados de "escolas da sabedoria". Sim, o sucesso chegou tão rápido quanto a água passava pelos coadores: com fluidez, espalhando aroma, ganhando espaço, conquistando paladares.

 

O café, desde suas raízes mais remotas, sempre foi mais do que uma bebida: foi símbolo de movimento, de encontros e de trocas. Das trilhas do pastoreio às grandes navegações, das praças árabes aos cafés europeus, ele acompanhou a humanidade nos seus momentos mais intensos. É como se cada gole fosse um pedacinho dessa longa jornada, ligando o ontem ao agora — e preparando o paladar pro que ainda está por vir.

 

E olha só a coincidência: o café foi descoberto nas terras altas da Etiópia e, não por acaso, o Latitude 13 também nasce em altitude. Afinal, café bom cresce devagar, desenvolve mais doçura e complexidade – assim como as melhores histórias.

 

Segura essa xícara, porque no próximo capítulo o café desembarca no Brasil e vira protagonista da nossa história. Essa prosa tá só começando!

 

 

 





 
 
 

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